segunda-feira, 15 de março de 2010

Coluna de Perfuração

André Costa
Ao decorrer da perfuração faz-se necessário a sua utilização com os seguintes objetivos:


 Transmitir a rotação da mesa rotativa à broca;

 Conduzir e exercer peso sobre a broca;

 Conduzir o fluido de perfuração a broca;

 Promover uma conexão elástica entre o deck de perfuração (Kelly) e a broca.



 Composta Basicamente:

 Tubo de Perfuração (Drill Pipes – DP);

 Tubo Pesado (Heavy Weight Drill Pipes – HWDP);

 Comando (Drill Collars – DC);

 Broca.



Nota: Necessita da utilização de acessórios indispensável à sua instalação, o mais importante são os substitutos ou simplesmente sub da coluna e ferramentas de uso bem específicos.



Tubos de Perfuração (Drill Pipes – DP).

São tubos de aço de usinagem sem costura, existente em grande quantidade na plataforma de perfuração. Possuem soldadas nas suas extremidades conexões cônicas conhecidas como tool joint inferior (pin connections - pino) e tool joint superior (box connections - caixa), Com finalidade de uni-las umas as outras e assim aumentar o tamanho da coluna, aprofundando-a no poço. Os tipos de roscas são tabelados pela API - American Petroleum Institute.

 Quando não estão em uso são estaleirados, condicionados em áreas conhecidas como estaleiro de tubos. Em caso de pouco espaço da plataforma, o estaleiro de tubos encontra-se na torre de perfuração (Navio Sonda – NS). Fabricado conforme a normalização da American Petroleum Institute (API 5D e especificação 7). O grau do aço pode ser: E75; X95; G105; S135. Características que lhe confere resistência à tensão de escoamento

 Seu comprimento pode variar segundo o seu range que poderá ser: Range 1 (6 a 7,5 m); Range 2 (8,5 a 10 m); Range 3 (acima de 12 m).

 O peso pode variar entre 100 e 600 Kg;

 O diâmetro nominal varia de 2 ⅜” a 6 ⅝”.



Tubo Pesado (Heavy Weight Drill Pipes – HWDP)

Importante por fornecer uma transição segura e rígida entre os tubos de perfuração e os comandos, com objetivo de diminuir consideravelmente uma possível quebra da coluna. Possui um reforço central no corpo do tubo e apresenta-se com range 2 ou 3. Podendo ser do tipo Standard Integral, quando apresentar as paredes externas lisas. Spiraled Integral, quando apresentar as paredes externas em forma de espiral.

 O peso pode variar entre 316 e 2290 Kg e o diâmetro nominal varia entre 3 ½” a 6 ⅝”.



Comandos (Drill Collars – DC)

Quanto ao comprimento pode variar entre 9,14 e 9,45 m, Com o peso variando entre 300 e 4210 Kg que é proporcional ao seu diâmetro nominal que apresenta a variação de 3 1/8” até 11”. Tem como objetivo fornecer rigidez à coluna bem como transmitir peso e estabilidade a broca, permitindo um melhor controle na trajetória do poço. Existem em dois modelos: os lisos e os espirados igualmente fabricados conforme a normalização da American Petroleum Institute. Possuem soldadas nas suas extremidades conexões cônicas conhecidas como box tool joint (superior) e pin tool joint (inferior). Justifica-se o uso de espirados para diminuir a área de contato dos mesmos com as paredes do poço. Evitando-se assim uma possível prisão por diferencial de pressão. Quando for manuseá-los haverá a necessidade da instalação de um sub de içamento, por razão de sua caixa superior ser interna, por tanto, não existindo um batente no elemento a fim de fixá-lo ao elevador.

Broca

Tem a função de promover, através da rotação e peso exercido sobre a coluna, a ruptura e desagregação das formações rochosas. Conectada sempre na extremidade inferior da coluna de perfuração.



Acessórios da Coluna de Perfuração – Substituto ou sub da coluna.

 Tubos de aço que apresenta pequena extensão (50 a 100 cm).

 Com objetivo de: Possibilitar a instalação dos elementos de roscas variadas existente em uma coluna de perfuração; Proteger a rosca do Kelly; Possibilitar a instalação da broca no início da montagem da coluna de perfuração.



 Tipos: Sub de Salvação; Sub de Salvação; Sub de Broca; Sub de Cruzamento; Sub de Redução; Sub de Elevação (lift) ou Içamento.



 Sub de Salvação - Tem o objetivo de proteger a rosca do Kelly do contato direto com as roscas dos outros elementos da coluna de perfuração, durante as manobras.

 Sub de Broca - Para realizar a conexão da broca ao comando, pois os dois possuem roscas em forma de pino (exterior).

 Sub de Cruzamento - Com a função principal de padronizar os diâmetros e tipos de roscas diferentes.

 Sub de Redução - Varia os diâmetros externo e interno e os tipos de roscas existentes.

 Sub de Elevação (Lift) ou Içamento - Utilizados para içamento e movimentação dos comandos de perfuração durante as manobras; Possui a seção superior com diâmetro externo igual o dos tubos de perfuração encaixando-se com perfeição ao elevador.



Ferramentas da Coluna de Perfuração – Uso específicos.



 Tipos: Estabilizadores, Escareadores, Alargadores, Drilling Jar e Amortecedores de Vibração.

 Estabilizadores - Com objetivo de fornecer maior rigidez à coluna de perfuração e sempre o seu diâmetro vai coincidir com o da broca. Muito empregado na perfuração direcional, por permitir que a trajetória pretendida do poço não seja desviada e também quando se quer garantir a verticalidade dos comandos. Geralmente instalado entre os comandos.

 Escareadores - Mesma características da anterior, porém empregadas em rochas mais densas por possuir roletes nas lâminas.

 Alargadores - Com objetivo de, em qualquer trecho já perfurado do poço, aumentar o seu diâmetro.

 Drilling Jar (Percussor de Perfuração) - Empregado basicamente em perfurações direcionais, podendo em casos pontuais ser utilizado em perfuração vertical quando a mesma apresentar grande possibilidade de prisão da coluna de perfuração. Funciona liberando uma carga de impacto na coluna simulando uma mola, alongando e encolhendo a coluna de perfuração e assim na maioria das vezes evitando a desagradável e difícil operação de pescaria. Pode ser do tipo mecânico ou hidráulico.

 Amortecedor de Vibração - Tem o objetivo de absorver as vibrações provocadas pelo impacto, durante o corte, da broca nas rochas mais densas; principalmente quando utilizadas brocas de carbureto de tungstênio. Provoca em alguns casos a perda da rigidez da coluna de perfuração.



 Desenvolvido pelo: Instrutor André Costa (instrutor.andrecosta@gmail.com).




 Bibliografia:

Fundamentos de Engenharia de Petróleo - Thomas;

Perfuração Direcional – Rocha, L. A. S. et al.

Google®;

Notas de Aulas (UNESA) – Variadas.

9 comentários:

Unknown disse...

Cara, vc praticamente copiou todas essas informações do livro "Fundamentos da Engenheria de Petróleo", do José Eduardo Thomas. Você deveria pagar direitos autorais, poi algumas passagens estão exatamente iguais.

Natalia Tamara disse...

( para Vinicius) e oq vc tem a ver com o Blog do cara, se liga velho o blog é dele ele posta o que quiser de qualquer site ou livro! entendeu??!!
Parabéns ao dono do blog está muito boom!!

ANDRÉ disse...

Resposta ao senhor Vinícius. Para começo de conversa o livro não do Thomas ele é apenas o organizador. Lembre-se que a roda já foi criada o que devemos fazer agora é girá-la da melhor forma possível. Realmente algumas informações sairam daquele livro, mas se você observar minha formação verá que posso tirar minhas conclusões também, afinal tive aulas com professores de alto nível que inclusive cederam material ao senhor Thomas. Por tanto "amigo" arume o que fazer ao invés de ficar ocupando o tempo de quem já tem muito o que fazer. Quanto a pagar assim que eu ganhar dinheiro não terei problema nenhum em dividí-lo. Lembre-se que baixar música da NET também é passível de pagamento de direitos autorais. A internet tá cheia de páginas referente a petróleo, você não precisa entrar na minha que sou um simples conhecedor da área.

ANDRÉ disse...

Valeu Natalia, muito obrigado pelo apoio! Esse tipo de pessoa nem merece nosso tempo. Grande Abraço!

fazenda disse...

Boa noite a todos,André Costa você esta de parabéns pois o que mais interessa É Divulgar a informação.

Unknown disse...

André.
Trabalho bem didático para quem está iniciando no ramo do petróleo.
Parabens.

Unknown disse...

Olá André! pelo que vi aqui faz tempinho bom que você postou essas informações bastante didática sobre o assunto ligados ao petróleo, em 2010. Hoje, 2014 essas informações ainda encontram-se bastante atuais. Minha formação é em Administração de Empresas e numca tinha passado pela minha cabeça fazer algo na área de petróleo, sempre achei que fosse pra quem só fosse fazer concurso público para entrar na Petrobrás ou pra quem já é petroleiro....

Recentemente,fiz um curso profissionalizante por curiosidade (pois quero fazer algo diferente, novo e sem consumir muito meu tempo) e escolhi fazer esse curso de 8 meses em operação de plataforma. Gostei muito!!!
Hoje, após o término do curso, já estou coletando documentos para me matricular numa pós em Engenharia de Petróleo (Quem diria....eu que nunca fui fã de números) apesar de formado em Administração.

Enfim, não sei se posso deixar aqui meu zap, mas de qualquer forma aguardo um feed back seu para adquirir novos conhecimentos, pois creio que pelo tempo que você tem na área desde a publicação dessa matéria, você tenha adquirido muito mais experiência.

Fico no aguardo e agradecido pelo seu contato.

Ah! E parabéns pela publicação. (rsrs)

Unknown disse...

Onde são utilizados os Drill collar lisos, e os espiralados?

ANDRÉ disse...

Quintas, depende do projeto do poço e principalmente das condições geológicas do mesmo, pois a preocupação e quando ao risco de prisão da coluna por diferencial de pressão. se houver grande risco recomenda-se o espiralados que mesmo com menor resistência, se ficar preso a parede do poço vai poder ser tentado uma injeção reversa de fluído para tentar soltar a coluna. o que já não seria possível se os comandos fossem lisos. Espero ter lhe ajudado. Forte abraço.

A importância da qualidade da água na produção de cerveja

A água é o principal constituinte da cerveja, correspondendo a aproximadamente 95% da bebida e, por esse motivo, suas características influe...